domingo, 24 de abril de 2011

A PASCOA NOSSA DE CADA DIA

Feliz Pascoa! a todos irmãos(as)  da CEBS.  A mensagem do  Pe. Nelito Dorneles  aos cebianos  postada  no Blog CEBs SE AVEXE NÃO - traduz muito bem o significado da nossa Páscoa  e  que ela deve ser vivida a cada dia.  Pe Nelito, as suas mensagens como sempre são como gotas de água que irriga as plantinhas e faz  nós, povos  da CEBs, crescermos a cada dia. Feliz Pascoa também!
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A sua mensagem começa assim:
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"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.
O Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre a mais, no meio da alegria, e mais alegre ainda no meio da tristeza!
Só assim, de repente, na horinha em que se quer, de propósito, por coragem".

Com estas palavras, o velho jagunço Riobaldo, personagem de Guimarães Rosa, se expressa sobre Deus e a vida de um modo muito diferente do jeito como tantas vezes nos falaram de Deus. O mais comum eram nos mostrarem santos com cara de sofrimento e Deus como juiz sério e sisudo. Houve quem escrevesse que os evangelhos mostram Jesus chorando, mas nunca dizem que ele riu. Umberto Eco, em O nome da rosa, fala do monge medieval que chegava a matar irmãos para que ninguém descobrisse o tratado de Aristóteles sobre a alegria. Hoje em dia, isso parece coisa do passado. Cada vez mais as pessoas concordam que Deus quer ver a gente alegre. Mas nem sempre tiramos disso todas as consequências.
Para José Comblin, que agora vive a páscoa em plenitude,  o maior acontecimento teológico do Século XX para o cristianismo foi a redescoberta da centralidade da ressurreição de Jesus Cristo.
Ler e interpretar a vida e a fé a partir do mistério pascal possibilitaram a renovação das igrejas e teve consequências concretas, como a valorização da vivência comunitária da fé, a realização do Concílio Vaticano II nos moldes como ele se deu, o movimento ecumênico e a caminhada latinoamericana das igrejas cristãs a serviço do povo sofrido, em busca de sua promoção e libertação. De uma compreensão mais profunda do mistério pascal desenvolveu-se a rica renovação liturgia em sua teologia e em suas expressões.  Aprendemos com o povo a fazer festa. E mais: fazer das celebrações uma festa.  Para o povo sofrido, fazer festa é uma questão de sobrevivência(negrito nosso).
Um depoimento popular enfatiza bem esta questão.
Na verdade, do ponto de vista do povo do santo, sem festa o mundo não sobrevive. Perde o alimento de sua origem, a graça que a presença divina lhe dá. Mundo sem festa é um mundo imundo. Mas, quando festejamos, a vida o aviventa.

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