quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Carta do 3º Oestão da CEBs–Dourados–MS

                CARTA DAS CEBSAO POVO DE DEUS
                                     III OESTÃO, DOURADOS (MS)
 
“Não são os grandes planos que dão certos, mas os pequenos detalhes” (Pe. Cícero).

 carta

Nós, Comunidades Eclesiais de Base, num total de (347) trezentos e quarenta e sete pessoas entre elas leigas, leigos, religiosas, religiosos e alguns padres, pessoas vindas dos estados: Tocantins, Distrito Federal, Goiás,Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estivemos reunidas/os no III Oestão em Dourados(MS) nos dias 15 a 18 de novembro de 2012.


O encontro foi enriquecido com a presença de índios, afro-descendentes, trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, juventude e crianças quando partilhamosnossas lutas, sonhos e esperanças.
O primeiro dia, tivemos a presença de nosso bispo em Dourados, Dom Redovino, que confirmou e valorizou nossa vocação de Igreja viva presente na sociedade. Assim,ele reafirmou o nosso compromisso de comunidades a serviço das excluídas/os da sociedade o que já celebramos na mística de abertura cheia de unção e alegria.Em seguida, Pe. Adriano fez uma breve memória histórica dos Encontros chamados‘Oestão’ que ajudaram reviver momentos fortes derecordaçõesem preparação aos Intereclesiais.
No segundo dia, na metodologiadas CEBs, aprofundamos o VER da nossa realidade. Depois de uma rica celebração orante agradecendo os 25 anos de CEBs no Mato Grosso,Pe. Benedito Ferraro resgatou a identidade das CEBs na nossa história e nos Intereclesiais. Seguidamente Flávio Vicente Machadodo CIMI (Conselho Indigenista Missionário) abordou os vários tipos de realidades e violações dos direitos indígenas. Vivenciar estes fatos foi um dos pontos altos do encontro, um maior conhecimento da questão indígena no Brasil e principalmente do Mato Grosso do Sul.A presença dos índios Kaiowá Guarani e Terenas com seus depoimentos confirmou em nós uma atitude de indignação contra o capitalismo que fortalece o agronegócio e a injustiça, ceifando vidas.
À tarde tivemos um rico painel que nos convidou a uma reflexão sobre a ligação fé e vida nos temas indígenas, quilombolas, economia solidaria-ecologia, terra, política, juventude e mulher.
A continuação, aprofundamos em cinco grupos os assuntos: JUSTIÇA, PROFECIA, SERVIÇO, VIDA E ROMARIA. Concluímos com numa Plenária e uma síntese de nosso assessor que indicou a leitura do Documento de Aparecida nos números 365 ao 367 para refletir sobre nossa conversão pessoal e o nº 385 para nossa conversão social.
O início do terceiro dia foi marcado pela celebração da paz como suplica a Deus para nossos povos, pais e mães do Brasil e para o mundo todo. Aprofundamos no JULGAR a partir do Documento da 5ª Semana Social Brasileira, ressaltando os valores da Sociedade do Bem Viver e Pertencimento, enriquecida pelos depoimentos dos nossos irmãos índios o Cacique Valério Vera Gonçalves e Oriel Benites eo negro Pedro Batista Nery. Ainda, partilhamos a reflexão teológica sobre o Reino de Deus conduzida pelo Pe. Gabriel e sobre os Direitos Humanos com a assessoriado professor Robson Santos que nos levaram a discutir nos grupos pistas concretas nas diversas áreas: luta sindical, economia solidária, política, ecologia, organização das CEBs, indígenas, mulher e juventude.
À tarde, depois da partilha das nossas reações na fila do povo, diante da riqueza destes dias, ainda fomos aos grupos para sinalizar dois compromissos sobre os diversos assuntos refletidos.
Numa Romaria dos Mártires rumo ao Paróquia Santa Terezinha assumimos nosso compromisso com a vida como supremo valor da nossa fé. Lembramos e veneramos nossos mártires que derramaram seu sangue pelo amor ao Reino de Deus. Celebramos a Eucaristia, irmanados na fé e na luta por um mundo novo. Unidos na diversidade. A partilha do alimento e a festa confirmaram nosso compromisso com o amor e a vida.
No ultimo dia,nossa celebração e a síntese do vivido e refletido neste encontro nos deu forças para voltaras nossas famílias e comunidades cheios de entusiasmoe continuar sendo CEBs, este nosso jeito de ser Igreja.
Saímos do nosso encontro ungidos com o óleo e fortalecidos com a palavra “Faço de você uma luz para as nações” esintetizando com nossos irmãos da Amazônia:
As CEBs constitui-se em família das famílias, onde todos se conhecem e querem bem, mas são também centro de oração e meditação da Palavra de Deus, para nutrir a mística profunda da vivência na proximidade de Deus” (Igreja na Amazônia – Memória e compromisso – Conclusões do encontro de Santarém 2012 – página 31).

Esta é nosso compromisso de vida como CEBs!
Amém, Axé, Awere, Aleluia.

Participantes do III Oestão

 

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