sexta-feira, 10 de abril de 2009

CEBs - O que são? É a igreja viva (povo) de Deus...

As CEBs - Comunidades Eclesiais de Base - nasceram há dois mil anos atrás com uma Boa Notícia que reacendia em todos os corações a chama da esperança: JESUS RESSUSCITOU! Foi a partir desta “notícia alegre” e Verdadeira que os seguidores(as) de Jesus se uniram e reuniram em pequenas comunidades para testemunhar que só o Amor pode vencer o poder do mal e a Vida é mais forte que a morte.



CEBs então é a Palavra de Deus no meio do Povo.


Os seguidores(as) de Jesus: “Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações” (At 2,42).


“Ninguém considerava propriedade particular as coisas que possuía, mas tudo era posto em comum entre eles” (At 4,32b).


Este modo de viver, conviver, conhecer, acolher, partilhar, logo empolgou muita gente que começou a abrir as portas de suas casas para reunir, aí, as pessoas que queriam permanecer fiéis a Jesus e a seu projeto. Em todo o Novo Testamento, a CASA aparece como espaço importante de encontro da família e da comunidade-Igreja, de realização das pessoas e de defesa da vida.


A casa é assim, para as primeiras comunidades cristãs, o lugar de encontro, aberta:

  • aos vizinhos,

  • amigos,

  • irmãos,
onde todos procuram:

  • conhecer-se mais e melhor,

  • dividir os problemas e dificuldades à luz da Palavra, para encontrar caminhos que ajudem a transformar o sonho do reino de Deus em realidade vivida por todos.
Por isso, a casa será lugar de:

  • abastecimento da fé,

  • onde todos renovam e

  • revigoram suas forças e energias, para cumprir, no mundo, o mandato de Jesus:

  1. Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia!” (Mc 16,15)

  2. Vocês são o sal da terra!” “Vocês são a luz do mundo!” (Mt 5,13-16).
E logo foram se envolvendo com os grandes desafios sociais, econômicos, políticos, culturais, religiosos etc., misturando-se em todas as situações e realidades, para fermentar a massa com o fermento bom e transformador do Evangelho (cf. Mt 13,33).


Problemas não faltaram e, todos eles, muito parecidos com os nossos. E as vezes até maiores que os nossos.


Conflitos internos que provocavam divisão e desunião no seio das próprias comunidades com incompreensões, calúnias, ciúmes, inveja, intrigas, disputa de poder, preconceitos etc. E os conflitos externos, marcados sobretudo pela perseguição do império romano que condenava na ação dos cristãos o projeto de Jesus de uma sociedade justa, fraterna e igualitária.


Esta época do cristianismo foi bem descrita pelo livro do Apocalipse que é a síntese da vida dos cristãos perseguidos, refugiados (Igreja das catacumbas), obrigados a esconder-se e a modificar até a própria fala e usar de linguagem figurada por terem escolhido fazer o mesmo caminho de Jesus, na consciência de que “é preciso obedecer antes a Deus do que aos homens” (At 5,29).


Muita atenção: Com o passar do tempo, sobretudo a partir do século IV depois de Cristo, com o imperador Constantino, esta Igreja que antes se reunia nas casas ou mesmo nas catacumbas para escapar à perseguição do império romano, cede lugar agora à Igreja massificada, dos grandes templos e das liturgias pomposas, mais afastada da vida e da realidade do povo e mais ligada ao poder e ao luxo do império.


Um tempo de “escuridão”, de muitas dificuldades e problemas, de traição do projeto original de Jesus por parte de muitos que se diziam seus seguidores. Mas é também tempo de vozes santas, proféticas e fiéis: irmãs e irmãos que como São Francisco de Assis, Santa Clara, Santo Antônio e tantos outros, se sentem chamados a reconstruir a Igreja dos pobres e com os pobres.


Este período irá até o século XX, com a convocação, do Papa João XXIII, para o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965). Quando convocou o Concílio, o Papa João trazia consigo uma preocupação fundamentalmente missionária: na realidade do pós-guerra, começava a crescer, no mundo, a miséria e a fome e, por isso mesmo, a Igreja que estava afastada de sua missão, devia retomar a fidelidade ao Evangelho que é Boa Nova (notícia alegre) que liberta e traz vida nova e plena para todos (cf. Jo 10,10).


É neste contexto que João XXIII diz: “A Igreja está com cheiro de mofo. Precisamos abrir suas portas e janelas para que ela entre de ar novo no mundo”. Com esta motivação cheia de dinamismo e esperança, o Papa abria caminho para realizar aquilo que seria o principal objetivo do Concílio: fazer com que a Igreja retornasse às suas origens na fidelidade ao projeto de Jesus, assumindo sua missão de evangelizar o mundo, no compromisso de construir o Reino de Deus com os pobres e excluídos (cf. Lc 6,20-26), para “que todos tenham vida”. É aqui que renascem as CEBs (aquelas que deixamos lá nos primeiros séculos do cristianismo) –novo/velho modo de ser Igreja–, como resposta ao sonho do Papa João e aos ideais do Concílio.


Fonte: cebs uai MG

2 comentários:

  1. Fico triste em ver que as CEBs aqui em São Paulo enfraqueceu e muitos ja estos velhos e cansados, e uma pena saber que nossa igreja nao anima e nao fortalece. Cada dia que passa fico preocupada com o rumo de nossa igreja, pois esqueceram as famílias, os doentes, os idosos, trabalhos sociais ideais politicos, os novos padres nao caolhem os jovens, famílias, nao esta no meio do povo, nao promove as pastorais.
    Mais triste ainda e ver padres so querendo ser o tal cantando e missas de oba, oba esquecem de uma simples palavra Oração ou seja Ora- ção, Orar mas por em pretica as açoes. Diz São tiago o que adianta Orar se nao tiver ção?
    Missionária Dulkinéia Marcondes

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    1. e lamentável mesmo.nao e so ai pra vc q enfraqueceu.infelismente em todo lugar.ninguem conhece o novo jeito de ser igreja.ficou na historia dos verdadeiros cristãos.

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